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Análise: Lula quer colher popularidade com petróleo

A Petrobras e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) deram início aos testes de resposta a incidentes relacionados à perfuração na Margem Equatorial, uma extensa faixa que vai do Amapá até o Rio Grande do Norte. A âncora Débora Bergamasco analisa no Agora CNN que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende aumentar sua popularidade devido ao potencial petrolífero da região.

A possível exploração na Margem Equatorial tem gerado debates intensos dentro do próprio governo. O projeto conta com o apoio do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), enquanto encontra resistência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede).

Localização estratégica e debate ambiental

As perfurações na margem devem ocorrer a aproximadamente 500 km da foz do Rio Amazonas e 180 km da costa do Amapá. Especialistas demonstram otimismo quanto ao potencial da área, baseando-se nas descobertas bem-sucedidas em países vizinhos.

A iniciativa gera questionamentos sobre a compatibilidade entre a exploração de combustíveis fósseis e os compromissos ambientais do Brasil, considerando que o país sediará a COP30.

O argumento utilizado para justificar o projeto é que os recursos obtidos com a exploração do petróleo poderiam financiar a transição energética do país para fontes mais limpas.