Governo brasileiro investiu até US$ 3,5 milhões em serviços de advocacia nos Estados Unidos para responder às sanções de Trump provocadas por Eduardo

O governo brasileiro contratou um escritório de advocacia nos Estados Unidos para lidar com sanções internacionais, cujo custo pode atingir US$ 3,5 milhões (aproximadamente R$ 18,9 milhões) ao longo de quatro anos. A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que tomará medidas para reaver esses valores, inicialmente pagos pelos cofres públicos, informa a CNN Brasil. A ação visa reembolsar os custos com a defesa jurídica do Brasil diante de uma articulação do clã Bolsonaro para promover sanções econômicas e jurídicas dos Estados Unidos contra o país.

A cobrança deverá ser direcionada a aqueles que, eventualmente, forem responsabilizados no Supremo Tribunal Federal (STF) pelos danos causados à soberania do Brasil. A AGU não mencionou diretamente os nomes dos responsáveis, mas é esperado que Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que já foram indiciados pela Polícia Federal (PF), sejam os principais alvos. Ambos devem ser denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em breve.

Eduardo Bolsonaro se manifestou nas redes sociais, criticando a ação da AGU e atacando diretamente o advogado-geral da União, Jorge Messias. A resposta de Lindbergh Farias, líder do PT na Câmara dos Deputados, não demorou. Em uma reação via redes sociais, o deputado fez questão de relembrar os danos causados pelas ações de Bolsonaro e seu filho. “Sentiu, meu caro? Prepare o bolso. A AGU vai cobrar da família Bolsonaro os US$ 3,5 milhões gastos com escritório nos EUA. É o custo-Eduardo, que já passa de R$ 40 bilhões, numa campanha sistemática de ataque ao Brasil com sanções de revogação de vistos, aplicação da Lei Magnitsky e imposição de tarifas”, escreveu Lindbergh. Ele também destacou o esforço do presidente Lula em criar o Programa Brasil Soberano, uma iniciativa voltada para a proteção da economia nacional e da soberania brasileira.