Políticos da direita e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais, neste domingo (21), para reagir aos protestos convocados pela esquerda contra a PEC da Blindagem e o projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos criminosos do dia 8 de janeiro de 2023.
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), usou uma imagem que mostra o cantor e compositor Caetano Veloso em 1975 segurando uma placa escrita “censura não, anistia sim”; na outra metade da figura está o artista em 2025 defendendo “censura sim, anistia não”.
“Uma imagem vale mais do que mil palavra! Esse é o comunista hipócrita, que gosta de ganhar milhões”, escreveu Sóstenes.
Caetano participou do ato em Copacabana, no Rio de Janeiro, ao lado de cantores como Maria Gadú, Gilberto Gil e Chico Buarque. Em Brasília houve participação de Chico César e em Salvador, de Daniela Mercury.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, foi mais objetivo: “anistiados contra a anistia é hipocrisia”.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) também fez críticas: “nem com Rouanet vingou” — numa referência à participação de artistas que seriam beneficiados pela lei federal de incentivo à cultura.
O deputado federal André Fernandes (PL-CE) usou o mesmo tema para atacar os protestos. “Com ou sem mobilização de artistas, o resultado será sempre o mesmo: a esquerda sempre faz manifestações flopadas”.
O pastor evangélico Silas Malafaia foi outro que falou dos shows. “Artistas para levar gente para rua. Faz como nós fazemos, imagens de cima feita por drone e fotos tiradas de cima, não de paralela a multidão”, cobrou.
Protestos pelo Brasil
Movimentos de esquerda voltam às ruas neste domingo (21) para protestar contra o PL (Projeto de Lei) da Anistia e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem.
Pela manhã, ocorreram os atos em Brasília e em capitais como Salvador, Belo Horizonte e Manaus. Já pela tarde, as manifestações ocorrem em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, entre outras cidades.
Frentes de movimentos sociais, parlamentares e sindicatos recebem o apoio da classe artística, com shows marcados para durante as manifestações.