O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) fez críticas ao governador Cláudio Castro (PL) após a operação policial que deixou mais de 100 mortos no Rio de Janeiro e ganhou repercussão internacional. Em coletiva e também nas redes sociais, o parlamentar acusou o governador de usar a violência como estratégia política.
— “O maior criminoso do estado do Rio de Janeiro está solto e dando entrevistas, sentado na cadeira de governador do Palácio Guanabara. Assassino frio, calculista, que tá fazendo isso para garantir uma cadeira de senador onde ele possa se blindar do conjunto de casos de corrupção envolvendo a sua administração” — declarou Glauber em vídeo publicado no Instagram.
“Banalização da vida como estratégia política”
Durante entrevista ao programa Boa Noite 247, da TV 247, Glauber afirmou que Castro utiliza a banalização da vida para acumular poder. Segundo ele, o governador repete o mesmo padrão de 2022, quando promoveu operações midiáticas antes das eleições, mirando agora uma candidatura ao Senado em 2026.
— “As mortes de ontem, as mortes de hoje e, infelizmente, as mortes de amanhã são utilizadas por ele como instrumento de reforço de uma posição política ultrapassada” — disse o deputado.
Falta de política pública e abandono social
Glauber também destacou que o Rio não possui um plano estadual de redução de homicídios e criticou o sucateamento da perícia. De acordo com ele, apenas 20% dos homicídios são elucidados.
O parlamentar apontou ainda que a violência cresce com o abandono dos serviços públicos básicos, como transporte, gás e internet.
Educação e pacto pela vida
Em tom comparativo, Glauber lembrou que o ex-governador Leonel Brizola construiu mais de 500 CIEPs e criticou Castro por inaugurar apenas uma escola. Ele defende um pacto pela vida, unindo segurança, educação e inclusão social.
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PEC da Segurança
Por fim, Glauber elogiou a PEC da Segurança Pública proposta pelo governo Lula, destacando que a medida busca cooperação entre União, estados e municípios.
— “Cláudio Castro e outros governadores criticam a PEC não pelos problemas que ela possa ter, mas pelo que ela tem de positivo: a perda do poder de agir como xerifes da polícia” — afirmou.