Guilherme Boulos (PSOL-SP), ministro da Secretaria-Geral da Presidência, reagiu após comentário do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) fazer comentário sobre a megaoperação realizada no Rio de Janeiro contra o crime organizado.
“A polícia sempre dá a oportunidade do bandido se entregar. Não vão conseguir me converser de que são ‘anjinhos’ que não tiveram oportunidade na sociedade e por isso estavam segurando um fuzil AK-47 e trocando tiro com a polícia”, comentou Eduardo em conversa com o “Metrópoles”.
Anteriormente, em seu perfil, Eduardo também fez críticas ao governo. “Entenda: nada, absolutamente nada que venha de Lula, PT e companhia servirá para combater o crime. Muito pelo contrário”, comentou no X.
Boulos classificou a postura do deputado como “antidemocrática”, afirmando que ele teria “ultrapassado todos os limites”. “Eduardo Bolsonaro aproveitou a situação no Rio para chamar o Brasil de ‘narcoestado’ e estimular intervenção dos EUA. Depois do sucesso de Lula na reunião com Trump, parece que entrou em desespero e dobrou a aposta antipatriota. Este canalha não tem como seguir sendo deputado!”, disse em seu perfil nesta quinta-feira (30).

Megaoperação no Rio de Janeiro
A reação surgiu após Eduardo e outras figuras de direita sugerirem a intervenção de forças estrangeiras no caso envolvendo a segurança pública no RJ. A ação resultou em dezenas de mortos, incluindo quatro policiais.
Mais da metade dos 117 mortos durante a operação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio, já foram identificados após necropsia realizada pelo Instituto Médico-Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio. Parte foi liberada para retirada pelos familiares, sem revelar nomes e idades até o momento. Alguns dos corpos devem ser levados para Manaus e Belém.