Exoneração ocorreu uma semana antes de Rocha ser alvo das medidas de Washington contra autoridades brasileiras
O juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha foi exonerado do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF). A exoneração, segundo o Estadão Conteúdo, foi publicada no Diário Oficial da União em 15 de setembro, dias antes de o magistrado ser incluído em uma lista de sanções do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As sanções impostas por Washington intensificaram a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos, atingindo não apenas Rocha, mas também o próprio ministro e pessoas próximas a ele.
Retorno ao TJ-SP
Com a exoneração, Rafael Rocha deve reassumir suas funções no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), onde atua como juiz de carreira. Sua saída do STF ocorre em um momento marcado por forte repercussão política, tanto no cenário interno quanto nas relações internacionais.
Esposa de Moraes também foi sancionada
Além de Rocha, a esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, também foi incluída na lista de sanções norte-americanas. A medida foi amparada na Lei Magnitsky, legislação que permite ao governo dos EUA punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou envolvidos em corrupção.
Impactos políticos e diplomáticos
O anúncio das sanções, feito em 22 de setembro, aprofundou o desgaste entre os dois países. Para especialistas, a decisão dos EUA evidencia a escalada de pressões externas sobre autoridades brasileiras e levanta questionamentos sobre a autonomia institucional do país frente a medidas unilaterais de governos estrangeiros.