Governo argentino pede apoio para refinanciar dívida com o FMI
Uma carta assinada por Brasil, México, Chile, Colômbia, Bolívia e Paraguai foi entregue ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedindo apoio nas negociações entre a Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O governo argentino busca revisar seu acordo de crédito com a organização. Para convencer Biden, a carta afirma que o país comandado por Alberto Fernández está trabalhando “arduamente” para quitar a dívida contraída junto ao FMI.
Em 2018, o então presidente Mauricio Macri contraiu um empréstimo de 44 bilhões (aproximadamente R$ 210 bilhões). Há um ano, o contrato foi refinanciado e, agora, o país quer renegociar os pagamentos mais uma vez.
– Pedimos com respeito e carinho que apoiem a Argentina nas negociações (…). Os princípios comuns e compartilhados de democracia, direitos humanos e inclusão social nas Américas devem nos guiar para encontrar uma solução rápida e eficaz para a Argentina – diz trecho da carta.
Com a assinatura do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o documento pede para que Biden considere as mudanças no cenário mundial como a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia para aprovar o refinanciamento da dívida.
– Circunstâncias extraordinárias merecem respostas extraordinárias, tão extraordinárias quanto o superendividamento causado pelo empréstimo junto ao FMI, que é uma das principais causas da situação atual. Buscamos uma solução que permita à Argentina crescer, gerar empregos e aumentar suas exportações – completa o texto.