Segundo regime, acidente ocorreu perto da fronteira com o Brasil; três pessoas ficaram feridas, incluindo o piloto
Sete pessoas morreram após a queda de um avião do Exército da Venezuela nesta terça-feira (29) durante um voo que tinha como destino uma comunidade indígena na região amazônica. Entre as vítimas estão o copiloto e indígenas yanomamis, segundo comunicado do ministro venezuelano da Defesa, Vladimir Padrino López. Três pessoas ficaram feridas, incluindo o piloto.
O avião Cessna C-208B caiu às 8h30 do horário local (9h30 de Brasília) em uma área de floresta densa, a cerca de 15 quilômetros a leste do aeroporto de Puerto Ayacucho, capital do estado venezuelano de Amazonas, perto da fronteira com a Colômbia.
A aeronave realizava uma missão humanitária de transporte de indígenas yanomamis até uma comunidade localizada no extremo leste do estado, muito próxima à fronteira com o Brasil, chamada Parima B.
No retorno, o avião traria materiais e equipamentos utilizados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nas eleições municipais realizadas no domingo (27) —em que o chavista PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) conquistou 285 das 335 prefeituras em disputa, segundo projeções do próprio ditador Nicolás Maduro.
O regime afirmou que vai investigar as causas da queda. A operação de resgate e a remoção dos corpos seguem em andamento, com dificuldades logísticas em razão da localização remota.
A aeronave fazia parte do Grupo 9 da Aviação Militar, unidade dedicada ao atendimento de comunidades indígenas isoladas da região amazônica venezuelana.
Este não é o primeiro acidente envolvendo um avião desse modelo operado pelo grupo: em novembro de 2022, outra aeronave C-208B caiu durante um voo de treinamento, resultando na morte de cinco militares. Dado o isolamento geográfico das comunidades indígenas do sul da Venezuela, o transporte aéreo é, muitas vezes, o único meio de deslocamento.