Decisão de Lula de escolher Cristiano Zanin para o STF foi um dos itens elencados para queda brasileira na lista
Em 2023, ano inicial do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil caiu 10 posições no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), principal indicador sobre o tema no mundo. Medido pela Transparência Internacional, o índice apontou que o país variou dois pontos para baixo, de 38 para 36, e saiu do 94° lugar para a 104ª colocação, de 180 países analisados.
O novo índice coloca o Brasil ao lado de países como Argélia, Sérvia e Ucrânia. A pontuação brasileira ficou abaixo das médias global e das Américas, e foi menor também que os países classificados como “democracias falhas”.
No topo do ranking como as melhores avaliações da lista ficaram a Dinamarca, com 90 pontos; e a Finlândia, com 87. Por outro lado, as piores colocadas foram a Somália, com 11 pontos; e, empatadas com 13 pontos, a Venezuela, a Síria e o Sudão do Sul.
O Índice de Percepção da Corrupção é feito a partir dos dados de 13 fontes, que medem as percepções de empresários e especialistas sobre o nível de corrupção no setor público de cada país. Entre os fatores que contribuíram para a avaliação ruim do Brasil em 2023 apareceram decisões do presidente Lula, como a escolha de Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Além disso, o empoderamento do Centrão e a atuação do STF, ao anular provas do acordo de leniência da Odebrecht e a multa no acordo firmado pelo grupo J&F, também foram itens determinantes para a piora do posicionamento brasileiro no ranking.