Duas entidades que representam trabalhadores do comércio informal e de feiras livres de Manaus manifestaram, nesta quinta-feira (7/8), apoio público à ação de reordenamento urbano promovida pela Prefeitura no Centro Histórico da capital. Em notas oficiais, a Associação dos Vendedores Ambulantes do Comércio Informal do Amazonas e o Sindicato do Comércio Varejista dos Feirantes de Manaus destacaram que a medida é necessária para combater irregularidades, proteger a saúde pública e valorizar os trabalhadores que atuam dentro da legalidade.
As duas instituições reforçaram que não compactuam com práticas ilegais, como a comercialização de alimentos vencidos ou o armazenamento de produtos em condições insalubres, que representam risco à população e comprometem a imagem de toda a categoria. Ambas também condenaram os atos de violência cometidos por ambulantes ilegais contra guardas municipais durante as ações.
“Os camelôs regulares também sofrem com a insegurança, o uso desordenado do espaço e a presença de práticas ilegais que afastam a população do centro comercial”, afirmou Gigi Maia, presidente da associação dos camelôs.
Já o sindicato dos feirantes reforçou que apoia incondicionalmente o esforço da Prefeitura em criar novas oportunidades para os ambulantes que queiram trabalhar de forma digna, em locais adequados e regulamentados. O presidente da entidade, David Lima da Silva, afirmou que a reorganização também é necessária nas feiras Manaus Moderna, Feira da Banana e Mercado Adolpho Lisboa, que sofrem com os mesmos problemas enfrentados no Centro.
Desde a última segunda-feira (4/8), a Prefeitura de Manaus realiza a operação “Mutirão no Bairro”, no Centro da cidade. A força-tarefa reúne 16 secretarias municipais e tem como foco a revitalização da área central, com ações nas frentes de infraestrutura, limpeza urbana, mobilidade, assistência social e ordenamento do comércio informal.
Na primeira fase da operação, a Vigilância Sanitária, a Semacc e a Guarda Municipal apreenderam diversos produtos fora do prazo de validade, com datas adulteradas ou armazenados em locais com ratos e baratas. Muitos desses itens estavam sendo vendidos por permissionários irregulares, que atuam sem registro ou autorização e que, segundo as entidades representativas, prejudicam os trabalhadores legalizados.
As ações seguem sendo realizadas ao longo da semana e, segundo a Prefeitura, visam garantir um ambiente mais seguro, organizado e saudável para comerciantes, consumidores e turistas que circulam pela região central de Manaus.