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Exército guardou pertences de golpistas e não auxiliou na retirada de acampamento em Manaus, aponta SSP-AM

Informação consta em um relatório produzido pelas forças de segurança, que atuaram na retirada do acampamento dos golpistas, e foi enviado pela Procuradoria Geral do Estado à Justiça Federal.

Integrantes do Comando Militar da Amazônia (CMA) receberam golpistas, que estavam acampados em frente ao quartel, em Manaus, e guardaram alguns pertences deles após a retirada do grupo, ocorrida no dia 9.

A informação consta em um relatório produzido pelas forças de segurança do Amazonas, que atuaram na retirada do acampamento dos golpistas. O documento foi enviado à Justiça Federal pela Procuradoria Geral do Estado (PGE).

O grupo estava em frente ao quartel desde o dia 2 de novembro, logo após o ex-presidente Jair Bolsonaro perder a reeleição. Em discurso golpista, eles pediam uma intervenção militar.

A desmobilização do acampamento ocorreu por ordem do ministro Alexandre de Moraes, após terroristas invadirem e depredarem o Palácio do Planalto, o prédio do Congresso e do STF no dia 8.

No relatório enviado à Justiça Federal, o subprocurador-geral do Amazonas, Mateus Severiano da Costa, informou que o Exército teria descumprido as ações coordenadas que foram discutidas por um gabinete de crise criado para tratar sobre o caso.

“Ademais, conforme Ofício da Secretaria de Segurança Pública, cumpre ressaltar que o Exército Brasileiro, apesar de ter participado das reuniões no Gabinete de Crise – para alinhar as ações coordenadas –, ‘disponibilizou, para quem solicitou, espaço para a guarda temporária de material usado no manifesto’, bem como ‘realizou negociação de forma individual e, dentro do quartel, diferente do tratado em reunião, quando seria em conjunto com a Polícia Militar'”, disse o subprocurador.

Manifestantes foram retirados da frente do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus. — Foto: Rutiene Bindá/Rede Amazônica

com a informação g1 amazonas