Tenente-coronel acompanhou o petista em seis viagens
O tenente-coronel André Luis Cruz Correia, integrante da segurança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi exonerado após a Polícia Federal descobrir que ele fazia parte de um grupo de WhatsApp, onde se discutia um suposto golpe de Estado. O grupo era composto por militares da ativa e também continha declarações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A PF fez a descoberta por meio do aparelho celular do tenente-coronel Mauro Cid, que foi apreendido em operação. A exoneração se deu pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que tratou de esclarecer que não se trata de uma demissão.
Ao G1, o atual ministro do GSI, general Marcos Antônio Amaro dos Santos, disse desconhecer a existência de um relatório da PF que indicasse a presença do militar no referido grupo.
– Não tinha [informações sobre o relatório da PF]. Eu acredito que não teria ajuda para ele [Correia] vir para cá [GSI]. Quem define quem vem para cá, de acordo com os critérios de seleção, é o comando do Exército. É o gabinete do comandante do Exército. [O ingresso no GSI] não é por indicação pessoal, não – afirmou.
O tenente-coronel André Luis Cruz Correia passou a fazer parte da equipe do GSI em julho. Antes, ele atuava como diretor-adjunto do Departamento de Segurança Presidencial, nomeado em abril.
Já na equipe de segurança do presidente Lula, ele fazia parte desde março. Fez ao menos seis viagens nacionais e internacionais com o petista, sendo a última para a Bélgica, em julho. As demais viagens foram: Colômbia, em 8 de julho; Argentina, de 3 a 4 de julho; Ilhéus, na Bahia, de 2 a 3 de julho e São Paulo, de 22 a 23 de junho.
A exoneração ocorreu em 10 de agosto, tão logo a Polícia Federal enviou o levantamento para o Palácio Planalto. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (25) pela jornalista Andrea Sadi, em seu blog político no G1.