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Lindbergh reage às críticas de Motta e denuncia ‘condução errática’ na Câmara

 O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), elevou o tom ao responder críticas de Hugo Motta, reacendendo uma disputa que expõe fissuras na relação entre o governo e a direção da Casa. A tensão foi elevada após novas declarações de Motta sobre a atuação do petista. Mais cedo, Motta também disse ter rompido relações com o líder do PT na Câmara.

Em publicação nas redes sociais, Lindbergh afirmou que a crise apontada por Hugo Motta não decorre da atuação da liderança do PT, mas das ações do próprio presidente da Câmara. “Considero imatura a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Política não se faz como clube de amigos. Minhas posições políticas são transparentes e previsíveis. Sempre atuei de forma clara e com posições coerentes, nunca na surdina e erraticamente, como agiu o presidente da Câmara na derrubada do IOF, na PEC da Blindagem e na escolha do deputado Guilherme Derrite como relator de um PL de autoria do Poder Executivo”, escreveu Lindbergh no X (antigo Twitter). .

“Se há uma crise de confiança na relação entre o governo e o presidente da Câmara, isso tem mais a ver com as escolhas que o próprio Hugo Motta tem feito. Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder da Bancada do PT”, completou. A tensão já vinha aumentando desde a polêmica envolvendo o PL Antifacção, cuja relatoria foi entregue à oposição por decisão de Motta, ampliando o desconforto na base governista.

Críticas à condução política na Câmara

Segundo o jornal O Globo, aliados de Motta afirmam que o presidente da Câmara considera errática a atuação de Lindbergh, apontando que o petista não teria cumprido acordos de votação e, em seguida, buscado transferir responsabilidades à presidência da Casa.

Paralelo com tensão no Senado

O cenário de tensão se reproduz no Senado, onde o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-PB), selou rompimento com o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), após a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF). Embora o desconforto não seja direcionado ao nome escolhido, senadores criticaram a forma como o processo foi conduzido pelo Planalto, que tinha entre seus defensores Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo aliados, Alcolumbre classificou internamente a decisão como um “ponto de virada” na relação com o Executivo, afirmando haver “um Davi antes e um Davi depois” do episódio, e considerando o rompimento com Wagner como “definitivo, pessoal e institucional”.

Pressão sobre o governo em votações decisivas

Os conflitos simultâneos na Câmara e no Senado surgem em um momento de alta sensibilidade para o governo federal. O Executivo ainda não conseguiu aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), etapa indispensável para avançar no Orçamento de 2026.