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Lula paga geral para ministros: “Dá a impressão de que vocês não são governo”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou, nesta quarta-feira (17), que os ministros melhorem a comunicação das ações do governo federal. A cobrança foi feita durante uma reunião ministerial realizada pela manhã, em Brasília. Ao final do encontro, Lula afirmou que é necessário que os auxiliares adotem um discurso mais integrado e passem a se apresentar como parte do governo, e não como observadores externos.

“Às vezes, eu fico pensando quando vocês falam: ‘Ah, o governo do presidente Lula’. Dá a impressão de que vocês não são governo. Vocês estão comigo esse tempo todo, ou seja, o governo não é do presidente Lula, o governo é nosso”, afirmou o presidente.

Mais cedo, durante o encontro realizado na Granja do Torto, Lula avaliou que o terceiro ano de seu mandato termina em uma “situação amplamente favorável”, apesar de esse cenário, segundo ele, não se refletir de forma proporcional nas pesquisas de opinião. O presidente atribuiu essa diferença à polarização política no país.

“Assim, conseguimos terminar o ano em uma situação amplamente favorável, embora isso não apareça com a força que deveria aparecer nas pesquisas de opinião pública. Não aparece, porque existe uma polarização política no país”, declarou.

Balanço das entregas

A reunião ministerial foi convocada para discutir o balanço das principais entregas do governo ao longo do ano, entre elas a sanção da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, além de outras ações voltadas à área social. Lula também tratou da reorganização do primeiro escalão, em razão da saída de ministros que devem deixar os cargos para disputar as eleições no próximo ano.

Além do presidente, participaram do encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social), que também tiveram espaço para se manifestar ao longo da reunião.

O encontro reúne ainda presidentes de bancos públicos e líderes do governo no Congresso Nacional. A programação prevê que a reunião se estenda até a tarde, com uma pausa para um almoço de confraternização.