Em café da manhã com jornalistas, petista declarou que resolveu governar em vez de falar mal de antecessor; porém, críticas ao ex-presidente são comuns em seus discursos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 6ª feira (27.out) que, quando assumiu a Presidência da República em janeiro de 2023, resolveu “fazer as coisas que um governo deve fazer” ao invés de “ficar falando mal do governo anterior”.
Segundo Lula, ele não foi eleito para “provar que o ex-presidente [Jair Bolsonaro (PL)] é incompetente”, mas para mostrar que, em seu mandato, governará com “mais competência” e fazendo aquilo que é “de expectativa da sociedade”.
“Quando fomos eleitos em 2023, havia um terror da sociedade brasileira de que o país estava em crise, de que a economia estava quebrada, de que o Brasil não ia para frente, de que o ex-presidente tinha detonado esse país… E eu, ao invés de assumir e ficar falando mal do governo anterior, resolvi fazer aquilo que um governo tem que fazer”, declarou em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Ainda no encontro, porém, Lula disse que Bolsonaro “não tinha nada de republicano na cabeça” ao comentar sobre os atos extremistas do 8 de Janeiro. De acordo com o petista, a depredação das sedes dos Três Poderes foi “um desvio pela existência de um governante que sabia fazer tudo, menos governar”. Lula afirmou que seu antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro, acreditava que poderia “utilizar as instituições como instrumento para fazer política”.
Embora tenha dito que não pretende fazer críticas ao governo anterior, são comuns nos discursos de Lula comentários negativos sobre seu antecessor. O petista já chamou Bolsonaro de “genocida” e “praga” pela atuação do governo na pandemia da covid-19 e o acusou de disseminar fake news.
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