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Operação contra tráfico em Manaus prende suspeito e bloqueia R$ 10 milhões

MANAUS – Um homem foi preso em condomínio de luxo por tráfico de drogas na manhã desta terça-feira (5) em Manaus na operação “Véu de Areia” do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MPAM (Ministério Público do Amazonas).

Onze suspeitos foram denunciados inclusive por lavagem de dinheiro, entre eles empresários. A Justiça também bloqueou 18 imóveis e determinou o sequestro de R$ 10 milhões em contas bancárias.

Segundo o coordenador-geral do Gaeco, promotor Leonardo Tupinambá, a quadrilha atuava em diversos estados. “Hoje foi feita a denúncia contra 11 alvos. Um foi preso. Era uma quadrilha que transportava drogas para outros estados do Brasil. Foram bloqueados 18 imóveis de todos os envolvidos. Também foi determinado o sequestro de bens e valores de todos os denunciados”, disse.

A promotora de Justiça Priscila Carvalho Pini, responsável pela investigação, disse que o grupo utilizava empresas e terceiros para lavar os recursos provenientes do tráfico. “Essa organização criminosa, que trabalhava com o tráfico interestadual de drogas, também lavava capitais por intermédio de terceiras pessoas e de empresas. Isso, em tese, claro, porque o processo vai tramitar e somente ao final a gente pode falar em condenação ou absolvição”, afirmou.

Na operação foram apreendidos bens de luxo na casa do principal investigado, incluindo joias, dinheiro e bolsas de grife. Detalhes sobre os itens confiscados e os setores empresariais envolvidos não foram revelados, uma vez que o processo está sob segredo de justiça.

“Todos os denunciados correm o risco de serem presos sim durante o processo ou ao final, mas no momento não há pedido de prisão”, disse Priscila Pini.

A investigação identificou movimentações financeiras expressivas e ramificações da quadrilha nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Pará. “Em tese, a organização arrecadava recursos com o tráfico interestadual e fazia o branqueamento [lavagem] por meio de empresas e terceiras pessoas físicas também, para que esse dinheiro parecesse lícito”, afirmou a promotora.