Claudiana Freitas, de 24 anos, que confessou à polícia ter assassinado a própria filha, Isabelly Eloize Soares Freitas, de 6 anos, na noite da última segunda-feira (2) foi solta após passar por uma audiência de custódia nessa quarta-feira (04). O crime aconteceu na casa onde elas moravam, no Conjunto Parque Eduardo Braga, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus.
Durante uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta, no auditório da Delegacia Geral do Amazonas (DG), na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro, Zona Centro-Sul da capital, a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), disse que Claudiana alegou ter depressão ao justificar o crime.
No momento do ocorrido, Claudiana estava sozinha com a filha e, de acordo com a delegada, ela confessou a autoria do homicídio após sair o laudo apontando a causa da morte da criança por asfixia. Muito abalada ela contou como tudo aconteceu e informou sofrer problemas psicológicos. A delegada ainda explicou que de acordo com o pai da criança a mulher entrou em contato com o ele pedindo para que ele ficasse com a filha, pois ela não estava bem, porém, o homem não estava na cidade.
No primeiro depoimento, a titular da Depca destaca que Claudiana negou o crime e afirmou que a criança teria passado mal. Na delegacia, Claudiana chegou a mostrar para a delegada como sufocou a filha. A delegada conta que Claudiana tem histórico de tentativas de suicídio, mas chegou a dizer que nunca quis deixar a filha sozinha.
Além da morte por asfixia, também foi constatado que a menina havia sofrido de violência sexual. O laudo apontou ainda que o estupro não era recente, portanto, não coube flagrante pelo abuso, mas está sendo investigado.
A soltura de Claudiana tem revoltado a população no geral e familiares da pequena. Por meio de nota, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) deu esclarecimentos sobre a soltura e destacou que Claudiana Freitas segue investigada, mas está em liberdade provisória, no qual deve cumprir medidas cautelares.
Confira a nota na íntegra:
“A Assessoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Amazonas informa que, na quarta-feira (04/01), em consonância com o parecer favorável do Ministério Público do Amazonas, o Juízo de Plantão da Audiência de Custódia homologou o flagrante e concedeu à investigada Claudiana Freitas liberdade provisória, com medidas cautelares, sendo estas medidas: a proibição de se ausentar da cidade de Manaus; a proibição de mudar de endereço sem comunicar ao Juízo e a obrigatoriedade de se apresentar mensalmente à Vara competente onde o processo tramitará. A decisão do Juízo é passível de recurso e a investigada responderá a processo em uma Vara Criminal. Por haver menor figurando entre as partes processuais, este tramitará em segredo de justiça“
