Moraes é o relator da investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. PF não descarta possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes.
A Polícia Federal (PF) abriu inquérito para apurar as duas explosões que ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, na noite desta quarta-feira (13).
Por considerar a possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes, a PF vai encaminhar o inquérito ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. O caso é tratado como gravíssimo.
O diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, está com o presidente Lula no Palácio do Alvorada e informa, em tempo real, todos os detalhes da operação na esplanada.
As duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos por volta das 19h30. A área em frente ao STF foi isolada. Ainda não há informações sobre o que provocou as explosões. Uma pessoa morreu.
O esquadrão antibombas realiza uma varredura nos arredores vendo se há mais explosivos em outros carros e em outros lugares. Também é verificado se há mais explosivos no corpo.
Segundo a PF, foram acionados policiais do Comando de Operações Táticas (COT), do Grupo de Pronta-Intervenção da Superintendência Regional da PF no Distrito Federal, peritos e o Grupo Antibombas da instituição, que estão conduzindo as ações iniciais de segurança e análise do local.
A PF afirma que há um procedimento padrão para este tipo de caso. O Bope, esquadrão de elite da Polícia Militar, está na rua, isolou a área e orientou a todos a tratarem o caso como gravíssimo. Não se descarta a possibilidade de uma ação coordenada com outros explosivos plantados em veículos ou em locais da esplanada. Tudo está sendo informado em tempo real para a PF.
O secretário de Segurança do Distrito Federal Sandro Avelar informou que a Esplanada dos Ministérios foi fechada. “Nesse momento estamos tentando entender o que aconteceu e estamos enviando um efetivo muito grande do batalhão especial da PMDF para fechar parte da Esplanada”, disse.
No momento das explosões:
- havia sessões de plenário na Câmara (suspensa com a confirmação da morte) e no Senado (mantida até as 21h, pelo menos);
- a sessão do STF já tinha terminado, e os ocupantes do prédio foram retirados;
- o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava mais no Planalto – e não houve ordem para evacuar o prédio.