A travesti conhecida como ‘Lorena Marques’, foi presa nesta sexta-feira (30), suspeita de envolvimento em estupros cometidos pelo padre Paulo Araújo da Silva, no município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus). Lorena é apontada como responsável por aliciar e conduzir adolescente para programas sexuais envolvendo o padre.
De acordo com o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, ‘Lorena’ era um dos principais alvos da operação. Ela é apontada como a responsável por aliciar e conduzir adolescentes para programas sexuais envolvendo o padre.
Paulo Araújo foi preso no dia 18 de agosto, no município de Coari. Ele é suspeito de manter relações sexuais, filmar os atos e engravidar uma adolescente de 17 anos. A jovem que era abusada sexualmente, desde os 14 anos, foi obrigada a abortar e o feto foi enterrado no quintal da casa de Francisco Rayner Barros Batista, 34, amigo do padre, a mando do próprio religioso. Francisco foi preso na última quinta-feira (22). O crime ocorreu no mês de setembro do ano de 2023.
A detenção de ‘Lorena’ faz parte de uma operação de combate à pedofilia e à exploração sexual de adolescentes na região.
Entenda o crime
A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) repassou mais detalhes sobre a investigação que levou a prisão do padre Paulo Araújo da Silva, 31, que utilizava de sua posição em uma paróquia do município de Coari (a 363 quilômetros a oeste de Manaus) para abusar sexualmente de menores de idade que frequentavam a igreja.
De acordo com o delegado José Barradas, titular da Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Coari, no momento da prisão, o padre estava com uma mulher de 18 anos na cama. A investigação chegou até o homem após denúncia de uma adolescente de 17 anos que ficou grávida após abusos.
Os crimes ocorreram em setembro de 2023. As denúncias informaram que o autor estava tendo relações sexuais com a vítima, filmava e armazenava em seu computador. O religioso também é suspeito de obrigar a vítima a cometer um aborto.
“A menor foi levada a delegacia e contou que desde os 14 anos tinha relação sexual com o padre. Ela engravidou no ano passado e o padre obrigou ela a abortar. Segundo ela, Francisco Rayner Barros Batista, um amigo do padre, foi quem levou o medicamento chamado ‘misoprostol’ para que a adolescente realizasse o aborto”, explicou o delegado.
Ainda segundo a polícia, após o aborto, o padre enterrou o feto no fundo do quintal da sua casa. “Essa adolescente sofria violência psicológica, ele obrigava a vítimas a ficarem com ele fazendo ameaças do tipo ‘você é minha, você me pertence, se não ficar comigo, não ficará com mais ninguém”, contou o titular do DIP de Coari.
No momento da prisão, também foram apreendidos R$ 30 mil, mais de 270 vídeos de sexo com adolescentes e com outras pessoas. O material e o padre foram encaminhados até a delegacia e as investigações continuam para saber se existem outros envolvidos e vítimas.
O delegado-geral da PC-AM, Bruno Fraga, falou sobre separar a situação da prisão do padre com a imagem da Igreja Católica que, segundo o delegado, ajudou durante as investigações.
Ao menos quatro vítimas já foram identificadas e estão recebendo atendimento psicossocial. Com informações de D24am.