Você está visualizando atualmente Ruinas de Paricatuba conheça um pouco mais

Ruinas de Paricatuba conheça um pouco mais

Construído em 1898 para servir de alojamento para imigrantes, o prédio teve várias destinações ao longo dos anos. Fol sede do Instituto Afonso Pena, Liceu de Artes e Ofícios, cuja inauguração contou com a presença do então presidente Afonso Moreira Pena, em Junho de 1906.

Administrado por padres franceses. membros da comunidade aprendiam técnicas de marcenaria, construção civil e artes. Depois, chegou a funcionar como casa de detenção e, em seguida, fol transformado no hospital Belisário Pena para atender e abrigar portadores de hanseniase.


Funcionou como hospital por quase 40 anos, só fechando às portas quando foi construída a Colônia Antônio Aleixo. Na época, a população achava que os hansenianos estavam contaminando as águas do rio, levando doença para Manaus.

Localizada às margens do Rio Negro, a Vila de Paricatuba, no Amazonas, começou a ser construída no final do século XIX, em meados de 1890, um prédio destinado à Hospedaria dos imigrantes, por conta do contexto econômico da exploração da borracha na Amazônia. O prédio era imponente e luxuoso, com janelas coloniais com piso em pinho de riga, paredes revestidas de azulejo portugueses e vasos de louça inglesa importados da Europa.


Anos depois, virou o Liceu de Artes e Ofícios de Paricatuba, em seguida casa de detenção e, a partir de 1924, hospital para hansenianos.
A Vila de Paricatuba foi classificada como Patrimônio Histórico Cultural Imaterial do Estado desde 2015, Seu nome deriva de “paricás”, ervar alucinógena utilizada em rituais dos povos indígenas da região, e de “tuba”, grande quantidade.

Síntese Cronológica (registros aos visitantes)


1898: o Governo do Estado Inicia a construção de uma grande hospedaria para imigrantes italianos, logo depois é abandonada;
1906: Inauguração do Instituto Afonso Pena, Liceu de Artes e Ofícios, com a presença do Presidente do Brasil Afonso Pena.

Anos mais tarde, o local seria uma Escola de Ofícios, destinado ao ensino de crianças pobres.
1922: Com a transferência dos detentos ém 1922, as ruínas de Paricatuba seriam adaptadas para leprosário. O local era considerado conveniente, pois estava à margem direita do rio Negro, distante duas horas de Manaus, sem vizinhança populosa.
1924: Por decreto do então governador em exercício, Turiano Chaves Meira, é feita a entrega do prédio de Paricatuba para a Profilaxia Rural do Amazonas (PRA) instalar um leprosário;


1925: término das obras do leprosário, início do acolhimento dos leprosos e visita do embaixador do Japão, Schichita Tatsuké;
1930: transferência compulsória de todos os leprosos registrados na PRA para Paricatuba;
1962: Início da transferência dos leprosos para a Colônia Antônio Aleixo (em Manaus) após a destruição das edificações de Paricatuba, após quase 40 anos servindo como hospital.


1992: abertura da estrada de acesso ao Paricatuba.
Em infraestrutura básica, a vila contava com luz elétrica, serviço de bombeamento da água (com reservatório para armazenagem) e rede de esgoto, contando com duas fossas biológicas para evitar despejo nas águas do rio.
As construções foram abandonadas e hoje, em ruínas, funcionam como ponto turístico.

Obras de Paricatuba Antigamente


As camaras foram criadas como imensos aposentos para hospedar os imigrantes italianos. Mas, ao longo dos anos, eles foram utilizados para abrigar presidiários e, em seguida, portadores de hanseniase. Hoje, das servem como espaço para as crianças da comunidade pegarem futebol de salão, com direito até a barreiras e rede para gol.

“Essas salas eram imersas mas aqui existia muita segregação pincipalerteu Epoca do hospital
de hansenianos. Há relatos de que aqui houve uma grande festa Eles colocavam umas cadeiras no meio
para dividir . De um lado dançavam os doentes e do outro os sadios, existia um parlatório onde um vidro dividia os sãos e os doentes.
As crianças que nasciam aqui era. Levadas para adoção lá. O Gustavo capanema (Manaus). Tem mulheres aqui que tiveram 7 filhos e não conheceu nenhum, eu costumo dizer que paira sobre paricatuba uma energia de dor. Então precisamos mudar isso”.

Patio interno das Ruinas de Paricatuba

Considerada a primeira escola técnica do Amazonas, o Liceu de Artes e Ofícios de Paricatuba se tratava de uma escola profissionalizante voltada para formar crianças e principalmente órfãos e pobres.
Mas, essa formação coincide com a formação voltada para atividade agricola. A escola tinha o objetivo de dar uma profisão para essas crianças. Pensava-se também que através da escola de Paricatuba se formaria profissionais preparados e específicos para esse tipo de atividade, com formação de mão-de-obra própria da região”, disse Odnéia


“Existiam aprendizados em todos sentidos, tidos divididos em currículos teóricos e práticos A formação da escola arariapida e o atendimento era bastante difel por causa da localização. Existem relatorios dos gestores da escola que atestam essa afirmação”, concluiu Odeia.