Usuários das redes sociais reagiram após primeira-dama dizer que Haddad explicou decisão
A primeira-dama Janja disse que procurou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para esclarecer a questão da taxação de compras feitas em sites como Shein, Shoppe e AliExpress. Ela foi alvo de críticas, nas redes sociais, após dizer que a decisão do governo federal “se trata de combater sonegação das empresas e não taxar as pessoas de (sic) compram”.
– Claro que se taxar as empresas o valor da mercadoria vai aumentar… triste viu… tentam ludibriar o povo de todo jeito – reagiu um usuário do Instagram, em razão de um post do site Choquei que deu destaque ao que disse a primeira-dama.
– Fonte: confia – ironizou outro.
– E sobre o sofá de R$65 mil ela falou o quê? – questionou um perfil.
GOVERNO VAI TAXAR COMPRAS DE ATÉ 50 DÓLARES
O governo Lula (PT) precisar criar novas fontes de receita para sustentar o novo arcabouço fiscal e, também, atender às demandas de empresários que pedem o fim da isenção do Imposto de Importação. Com isso, optou por taxar encomendas de até 50 dólares (na cotação de hoje R$ 250,61) a pessoas físicas.
No fim de março, um grupo de empresários enviou um documento à cúpula do governo reivindicando alguma ação a fim de evitar que empresas de comércio eletrônico, tais como Shopee, AliExpress e Shein continuem gozando do privilégio fiscal, o que poderia caracterizar concorrência desleal no Brasil. Praticando preços bem mais atraentes, essas varejistas asiáticas representam parte considerável dessa fatia de mercado brasileiro.
Um interlocutor do Ministério da Fazenda disse ao jornal Folha de S.Paulo que a isenção do referido imposto vem sendo utilizada de modo ilícito por empresas do varejo eletrônico, que inserem pessoas físicas como remetentes, burlando a fiscalização.
Fernando Haddad afirmou que a projeção é de arrecadar até R$ 8 bilhões com a taxação das plataformas de varejo internacionais que, hoje, conseguem burlar o fisco.