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Único governador na ONU, Wilson quer apoio para conter poluição em rios

Governador também tratou sobre novas parcerias na área de desenvolvimento sustentável e alinhou uma visita de uma equipe da agência da ONU a Manaus, este ano.

Em intensa agenda de reuniões na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Água, o governador Wilson Lima vem buscando parcerias para aprimorar a gestão de recursos hídricos no Amazonas e o desenvolvimento sustentável.

O governador do Amazonas é o único do país a participar do evento da ONU, segundo a Secretaria de Comunicação Social (Secom).

Um dos focos principais de discussões no evento têm sido o apoio para ações de enfrentamento a poluições de igarapés, um problema crítico em Manaus, mas que também vem crescendo no interior.

“Nós temos a maior reserva de água doce do planeta, mas isso não nos deixa fora dos problemas que o mundo enfrenta, como poluição e dificuldade de conseguir água potável. Esses também são problemas comuns ao Amazonas e a gente está trabalhando para superar essas dificuldades no sentido de proteger os nossos recursos e também prover água, principalmente, àquelas comunidades mais isoladas.”

Na quarta-feira (22/03), o governador se reuniu com representantes do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), agência da ONU que trabalha, principalmente, no combate à pobreza e ao desenvolvimento humano.

Ele também teve encontros com integrantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA).

Nesta quinta-feira, Wilson Lima participou de dois painéis com temas sobre água, clima e cooperação científica e água na Agenda 2030.

Durante encontro com o chefe de Apoio ao País, Carlos Benitez, e Paloma Morazo, ambos do PNUD, o governador do Amazonas tratou sobre novas parcerias na área de desenvolvimento sustentável e alinhou uma visita de uma equipe da agência da ONU a Manaus para este ano, em data a ser definida.

Wilson apresentou, na ocasião, ações do Governo do Estado voltadas à gestão hídrica, como a regulamentação do Plano Estadual de Recurso Hídricos, e o programa Água Boa, que leva água potável a comunidades do interior do Amazonas.

Também foi apresentado o projeto Escola da Floresta, cuja primeira unidade será construída em São Sebastião do Uatumã (a 248km de Manaus) e que tem conceito sustentável voltado à educação ambiental.

Ações integradas

O governador e os secretários estaduais também se reuniram com o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco. Na pauta: regularização fundiária, recursos hídricos e projetos de desenvolvimento sustentável.

Capobiango garantiu a integração das agendas de trabalho do Ministério e a Sema, principalmente para desenvolver a bioeconomia nas unidades de conservação.

Também foi discutido o papel do Brasil na gestão internacional de rios, já que o Amazonas representa o país na gestão do rio Putamayo- Içá (Brasil, Peru e Colômbia).

“Implementar, de maneira inovadora, um modelo de gestão integrada é uma reposta, por exemplo, que o Itamaraty busca com outros rios transfronteiriços, para que a gente possa estabelecer uma melhor gestão desse recurso, em especial quando tem impacto direto dentro do Amazonas, que abriga a maior parte da bacia amazônica”, disse Eduardo Taveira.