Em entrevista à Rede Amazônica nesta terça-feira (26), Athos Cardoso, advogado e amigo do paraquedista Luis Henrique Pradelli, desaparecido há 12 dias após um salto na chuva, divulgou um vídeo onde uma amiga indica a Luiz o mau tempo que estava se formando naquela sexta-feira, dia 15 de abril.
Gravado a poucos quilômetros do Aeroclube de Manaus, a amiga de Luiz questiona se ele vai pular mesmo com o tempo feio se formando. A mensagem chega para ele momentos antes do salto:
“Tu vai saltar aí com essa chuva? Olha aí, vai já cair uma chuva. Chega tá escuro”, diz ela, em vídeo.
Após não receber resposta, mais tarde, por volta das 19h45, a mulher envia uma mensagem onde demonstra preocupação:
“Meu Deus. Você está bem?”, pergunta. A mensagem, no entanto, nem chegou ao celular do paraquedista.
De acordo com o advogado Athos, o vídeo é a prova de que às 14h40 o tempo em Manaus já estava se fechando. “É nítido o tempo de chuva. Isso nos causa dúvidas e nos faz desejar buscar uma resposta através de investigação. Algo estranho aconteceu”, apontou ele, questionando a autorização do salto mesmo naquelas condições.
Além de Luiz, outra paraquedista também ficou desaparecida. Ana Carolina, no entanto, foi encontrada sem vida no dia 16, no Distrito de Cacau Pirêra, em Iranduba.
Buscas
As buscas por Luis Henrique Pradelli chegam ao 12º dia nesta terça-feira (26).As forças de segurança continuam com o Gabinete de Crise ativado todos os dias, a partir das 6h, na sede do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).
As equipes de buscas seguem atuando na área onde o paraquedista teria caído, próximo à ponte Phellipe Daou, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP). As equipes também se dirigem até a comunidade Caizonia, situada às margens do rio Amazonas, a 110 quilômetros de Manaus, seguindo estudos sobre o fluxo das águas.
As buscas também seguem em áreas de mata com a utilização de aeronaves do Departamento Integrado de Operações Aéreas (Dioa) e do Batalhão de Policiamento Florestal e Meio Ambiente (BFMA), equipe especializada do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), que seguem empenhados nos trabalhos de busca.