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-FOTODELDÍA- AME2146. BRASILIA (BRASIL), 18/04/2023.- El presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, participa en una reunión con autoridades de todos los niveles para analizar una ola de ataques y amenazas a escuelas, hoy, en el Palacio del Planalto, en Brasilia (Brasil). El presidente brasileño, Luiz Inácio Lula da Silva, atribuyó este martes los últimos ataques a escuelas del país al "odio" que se difunde "sin reglas" en la internet y a políticas armamentistas, que calificó de "industria de dar tiros". Lula convocó a autoridades de todos los niveles para analizar una ola de ataques y amenazas a escuelas que en las últimas semanas ha sembrado temor en el país y que relacionó a la "impunidad" en la internet y a políticas de su antecesor, el ultraderechista Jair Bolsonaro, que facilitaron el acceso de los civiles a las armas. EFE/ Andre Borges

Dificilmente chegaremos a meta de déficit zero em 2024, diz Lula

Petista ensaia discurso ao perceber que não cumprirá meta estabelecida pelo seu próprio governo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (27), que “dificilmente” o governo cumprirá a meta de zerar o déficit primário (resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública) em 2024. Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula usou o argumento de que não quer fazer corte em investimentos em obras para dar início a um discurso político de quem já cogita não conseguir obter êxito fiscal.

– Tudo que a gente puder fazer para cumprir a meta fiscal a gente vai cumprir. O que eu posso dizer é que ela não precisa ser zero, o país não precisa disso. Eu não vou estabelecer uma meta fiscal que me obrigue a começar o ano fazendo corte de bilhões nas obras que são prioritárias para este país. Eu acho que muitas vezes o mercado é ganancioso demais e fica cobrando uma meta que ele sabe que não vai ser cumprida – disse o presidente caindo em contradição com a meta estipulada pelo próprio governo.

– E se o Brasil tiver déficit de 0,5%, de 0,25%, o que é? Nada – acrescentou Lula, preparando terreno para a derrota fiscal.

O novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional em agosto estabelece uma meta de resultado primário zero para o próximo ano, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual, podendo chegar a um superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) ou déficit na mesma magnitude.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já admitiu que zerar o déficit será um desafio e que, para isso, o governo precisa da parceria com o Congresso Nacional.

Nos últimos meses, o Poder Executivo enviou uma série de medidas provisórias e projetos de lei que visam reduzir ou extinguir benefícios fiscais concedidos nos últimos anos e aumentar a arrecadação do governo, que precisará de R$ 128 bilhões no próximo ano para cumprir a meta.

O projeto do Orçamento de 2024 prevê um pequeno superávit primário de R$ 2,84 bilhões em 2024, equivalente a 0% do PIB.

O presidente Lula afirmou que está otimista com a economia e espera um crescimento do PIB em 3% ou mais em 2023. Para 2024, segundo ele, apesar de ser um “ano difícil” para a economia mundial, o governo está trabalhando para que os problemas não se proliferem internamente.

– Nós sabemos que o ano que vem se apresenta como um ano difícil por conta da queda do investimento da China, a queda do crescimento da China, do aumento da taxa de juros americana – disse.

– Não vamos ficar parados esperando que notícias ruins aconteçam, vamos trabalhar para as coisas melhorarem – acrescentou.

*Com informações Agência Brasil