Forças Armadas devem ocupar as ruas a partir desta quarta (31/7). País experimenta dias de efervescência após anúncio de vitória de Maduro
O clima tenso na Venezuela, onde organizações não governamentais afirmam que 11 manifestantes morreram durante protestos, pode aumentar ainda mais. O presidente Nicolás Maduro anunciou que as Forças Armadas estarão nas ruas a partir desta quarta-feira (31/7).
Os protestos questionam o resultado das eleições do último domingo (28/7), que apontaram Maduro como vencedor, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A oposição, que teve como principal candidato Edmundo González, não aceita o resultado.
A oposição questiona principalmente o fato de que as atas de urna não foram apresentadas. Eles também argumentam que tiveram acesso a parte destes boletins, que, segundo os opositores, demonstram vantagem de Edmundo sobre Maduro.
Pesquisas de intenção de voto mostravam uma ampla vantagem do candidato oposicionista sobre Maduro. O governo brasileiro, por meio do Ministério das Relações Exteriores, emitiu um alerta na segunda-feira (29/7).
O Itamaraty pede que brasileiros residentes, a caminho ou com viagem marcada para a Venezuela mantenham-se atentos sobre a situação de segurança no país.
Como consequência dos protestos, 749 pessoas haviam sido detidas até a tarde desta terça, segundo o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab.
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